A Reforma Tributária vai transformar profundamente a maneira como as empresas brasileiras apuram e recolhem tributos sobre o consumo. Com início previsto para 2026, ela substituirá um conjunto de tributos federais, estaduais e municipais — como PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI — por dois novos impostos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Além disso, será implementado o Imposto Seletivo, direcionado a produtos que impactam negativamente a saúde e o meio ambiente.
Mais do que uma mudança legislativa, trata-se de uma reestruturação completa do sistema tributário brasileiro, com impacto direto nos processos operacionais, contábeis, jurídicos e tecnológicos das empresas. O objetivo é unificar e simplificar a tributação, mas a transição exige preparo técnico, governança interna e estratégia jurídica para garantir conformidade e continuidade da operação.
A nova lógica de tributação é baseada no princípio do destino, modifica regras de incidência, redefine critérios de crédito e exige integração total entre as áreas da empresa para que cada etapa seja conduzida com segurança. Em outras palavras: a adaptação não é opcional — é urgente.
A nova tributação baseia-se no princípio do destino, alterando regras de incidência, redefinindo critérios de crédito e exigindo integração total entre as áreas da sua empresa. Adaptar-se não é uma opção, é uma necessidade urgente para garantir a segurança de cada etapa.
A jornada para a Reforma Tributária envolve etapas cruciais que devem ser iniciadas agora. Comece com a criação de um comitê interno de governança, siga com uma avaliação estruturada dos impactos e da maturidade fiscal da sua empresa, e finalize com ajustes práticos nos sistemas e processos. Veja um resumo de cada frente:
1. Governança: crie um comitê interno
O primeiro passo é formar um comitê para coordenar a transição de forma integrada. Este grupo será essencial para conectar decisões técnicas, jurídicas e operacionais, garantindo que o plano de ação esteja alinhado com a regulamentação e a realidade interna da sua empresa.
2. Avaliação jurídica dos efeitos da reforma tributária
Primeiro, realize uma avaliação jurídica detalhada dos impactos da reforma tributária no seu core business. Isso inclui analisar o novo texto normativo adaptado ao contexto operacional da empresa, considerando:
3. Modelagens financeiras por amostragem
Com o diagnóstico jurídico em mãos, realize modelagens financeiras por amostragem de operações-chave do seu negócio. Essa etapa permite comparar a carga tributária atual com a futura, ao longo das fases de transição, ajudando a entender os impactos concretos da reforma e antecipar ajustes necessários.
4. Planejamento tributário e societário
Após identificar os impactos jurídicos e financeiros, revise seu planejamento tributário e societário. Avalie, por exemplo, a localização das unidades operacionais diante da extinção de benefícios fiscais, reestruture transações entre empresas do grupo considerando os novos testes de preços de transferência, e analise a necessidade de mudanças societárias como incorporações, cisões ou fusões para reduzir custos e riscos.
5. Simulação integral dos efeitos financeiros da reforma (nova DRE)
Com o planejamento atualizado, simule uma nova Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) refletindo o cenário tributário completo da reforma, considerando IBS/CBS e IS em todas as fases da transição até 2033. Essa simulação deve incluir não apenas o core business, mas também operações financeiras e especiais, como importações, energia elétrica, combustíveis, imóveis e direitos diversos, podendo requerer ferramentas específicas para modelagem fiscal.
Sabemos que a adequação completa à Reforma Tributária é um projeto robusto, especialmente para empresas de médio e grande porte, exigindo alinhamento entre áreas, análise de impactos, simulações e ajustes técnicos significativos. Embora seis meses possam não ser suficientes para concluir todas essas etapas, é crucial iniciar agora, pois algumas entregas serão obrigatórias já em janeiro de 2026, como o destaque dos novos tributos nas notas fiscais.
Por isso, é fundamental iniciar os primeiros passos agora, focando no que é possível entregar neste curto prazo:
Dessa forma, mesmo que a transição completa leve mais tempo, sua empresa estará em movimento, com entregas prioritárias sob controle e menor risco de impacto fiscal ou operacional.
A YKP é especialista em adequação fiscal e integração de sistemas. Conte com apoio técnico completo em todas as etapas da transição tributária: dos ajustes no seu ERP ao suporte consultivo necessário para garantir uma operação estável e em conformidade.
Antecipe sua preparação. Fale com a YKP.